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terça-feira, 10 de setembro de 2013

A gentileza do voto



O baile, no turno vespertino, encontrava-se numa animação ímpar. Os casais, numa abarrotada pista, viram-se numa intensa agitação e diversão na dança!
Um vereador, eleito de surpresa na última eleição, encontra-se presente. Ele, com aspirações maiores, procura dar as “caras” e cumprimentar eleitores!
O objetivo consiste em fazer conhecidos, ouvir reivindicações, prestigiar eventos... O camarada, em síntese, tenta ser um cidadão ativo e participante na comunidade!
O político, numa altura, cumprimenta outros dois jovens. Este, no tradicional aperto de mão, ainda nem estendeu o braço e o pedido constrangedor já se sucedeu no ato!
A ladainha, em resumo, consistiu: “- Fulano! Paga duas cervejas para nós!” A tamanha cara-de–pau surpreendeu. Ela externou aquela ideia da troca de gentilezas pelo voto!
O político, em meio ao público, recusou-se ao tipo de expediente. Os pedintes, de maneira geral, mostram-se os primeiros a descumprir falas e promessas!
O curioso: Ele atende algum pedido e logo a notícia espalha-se entre os demais pedintes. A compreensão do teor do voto, nas democracias, ostenta-se equivocada!
A corrupção, com as infindáveis gentilezas e pedidos, inicia na base eleitoral. Os políticos, em função da mendicância, safam e somem depois dos pleitos. Os administradores, com as divergências nas interpretações da legislação, colocam o patrimônio familiar na reta do confisco!

                                                                               Guido Lang
 “Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”  

Crédito da imagem: http://quatrocantosdomundo.wordpress.com/

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