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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O derradeiro amor


O encanto maior externa-se na primazia das oportunidades e relações. Os paliativos, nas paradas do caminho, fraquejam costumeiramente nos momentos necessários e próprios!
Um cidadão, depois de enviuvado, partiu a nova aventura amorosa. Os filhos crescidos e ocupados mantinham escasso tempo à conversação e convivência!
A aposentadoria, com a idade, permitia o ocioso tempo. A solidão, no vazio da moradia, abatia-se deveras forte! Alguma companhia, às conversas, advinha em boa hora!
O beltrano, nos eventos festivos, aproximou-se e enamorou-se pela vizinha. As necessidades mútuas, de convivência, recomendaram a aproximação e união!
O relacionamento, no contato e visitas mútuas, tomou o sentido da aproximação e enamoramento. As relações pareciam assumir ares duradouros e íntimos!
A doença, em função da idade, abateu-se antes do esperado e imaginado. A sicrana, tendo amparado e cuidado o adoentado marido, queria distância do idêntico flagelo!
O relacionamento, igualmente em função de diferenças e manias, viu-se desfeito nos dias mais cruciais e necessários. A decepção e frustração antecipou a derradeira derrocada e definitiva partida!
Os verdadeiros amigos e amores conhece-se nas extremas necessidades. As improvisações, como quebra galhos, perpassam como meros paliativos!
O amor primeiro, em função do inusitado, ostenta-se a principal reminiscência. As pessoas, dentro das possibilidades, safam-se dos atropelos, cuidados e dispêndios. A morte, como derradeira viagem, vivencia-se solitariamente!

                                                                                           Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://viladasnoivas.org

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