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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

A guerra silenciosa


Os moradores, na calada da noite, escutaram novos disparos. Eles, na sina das periferias, encontram-se cada vez mais comuns. Os tiros, num dia normal da semana, sucederam-se na vila!
Os trabalhadores, depois dum dia de penosas jornadas, encontram-se acamados. O frio, no sabor do inverno, revela-se um convite a mais ao aconchego do berço. Outros, em função da televisão, retardam o recolhimento!
A surpresa, no silêncio da madrugada, adveio em função dos estrondos. O zunido de balas abalou o pacato lugarejo da periferia urbana. Os moradores, depois do uso frequente, passaram a reconhecer logo os zunidos!
As conversas e relatos, em minutos, escuta-se pelas janelas e ruas. A notícia espalhou a realidade do ocorrido: “- Mataram mais um! Parece ser o fulano! Morador da esquina do beltrano! Ele tinha problemas com droga!”
O desentendimento, pelos comentários, liga-se a outra disputa de ponto de venda. O comércio revela-se cada vez mais difundido e intenso. Os esparsos consumidores, em função dos muitos vendedores, implantaram um silencioso e violento conflito!
A guerra, entre gangues e quadrilhas, mostra-se uma rotina nas periferias. A praga, como generalizado negócio, disseminou-se entre avenidas, becos e ruas! A população, diante das barbaridades das eliminações, diz: “Um marginal a menos!” “Este vai tarde!”
A bandidagem, a partir dos presídios e vias, elimina-se de maneira acirrada. A população, na escuridão das noites, mostra seu poder de fogo. Os desafetos costumam conhecer o acerto de contas! O sofrimento dos familiares das vítimas costuma ser doloroso!
Malandro não fica velho, acaba baleado ou drogado. A bandidagem, em função do tráfico, implantou a generalizada e silenciosa guerra urbana. Quem, nas caladas das noites, perambula pelos ambientes das avenidas e ruas coisa boa não costuma ser!

                                                                                                 Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://ordanel.blogspot.com.br

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