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domingo, 23 de junho de 2013

O segredo íntimo


Uma cadela, como manda os desígnios íntimos, precisou atender aos pedidos da sobrevivência. A idade própria encaminhou-a ao cumprimento do instinto da perpetuação.
Esta, conforme o desejo do dono, deveria estar predestinada para determinado macho. O criador, com uma obsessão ímpar, queria frutos dessa cruza.
Este, para precaver-se da incursão dos aventureiros, enjaulou a fêmea e o macho. O propósito ostentava-se no relacionamento íntimo das partes.
Os animais, por uns bons dias, mantiveram-se enjaulados e presos. “O fim de festa” unicamente para ganhar a liberdade. O proprietário, para surpresa particular, deparou-se com a doce ilusão!
A fêmea, na primeira oportunidade, acorreu aos préstimos dum terceiro. Ele, no conjunto da cachorrada, mantinha-se outro viril qualquer.
O curioso relacionou-se a escolha: ela, por algum desígnio do instinto, optou por este determinado companheiro. A cadela queria distância das escolhas humanas!
Os bichos igualmente possuem sua lógica existencial! Os humanos interferem e mudam instintos milenares com suas experiências e interesses!
O conhecimento, nos bastidores da sobrevivência, versa das fêmeas escolherem suas parcerias. Os vários pretendentes, na prática cotidiana, seriam meras possibilidades de escolha. Os mistérios da natureza ultrapassam a compreensão e explicações humanas!
                                                                                    
 Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://umjeitomisticodeser.blogspot.com.br

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