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segunda-feira, 13 de maio de 2013

O refugo vegetal



Um reflorestador, na sua plantação de acácia e eucalipto, mantinha uma singela prática. O objetivo, a princípio, consistia em querer colher o maior em menor espaço!
O fulano, na proporção de desenvolvimento das plantas, vivia a extrair as árvores mais robustas e salientes. Ele, para as menores e nanicas, queria dar as chances do pleno desenvolvimento e produção. O corte, ao longo da safra, ocorreu em diversas oportunidades.
O tempo revelou uma prática agrícola equivocada e prejudicial! Achegou-se uma época em que o mato via-se dominado pelos refugos. Os troncos distorcidos e raquíticos exaltavam-se como as “donas do cenário”.
“O caquedo (refugo) exaltava-se e cantava de galo!”. As possibilidades de madeiras em metros e toras revelaram-se limitadas. O mato tornou-se um exemplo às avessas: aquilo que não se deve fazer em termos de produtividade! Um protótipo do atraso e negação em termos monetários!
O produtor conscientizou-se doutra velha lógica: uma insensatez punir os astutos e fortes com razão de exaltar e promover os morosos e retrógrados. Diversos ousados, na sua linguagem vegetal, pareciam fingir-se de ineficazes e retardados (com razão de não serem descobertos e ceifados).
O ensinamento aplica-se ao gênero humano! Certos sistemas econômicos, excessivamente distributivos e socializantes (através da ganância fiscal), inibem os ousados e produtivos. Estes, numa compra indireta de favores e poderes (votos das democracias), procuram premiar os escorados e vivaldinos!

Guido Lang
“Singelas Fábulas e Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://freguesiademassama.blogspot.com.br/

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