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terça-feira, 21 de maio de 2013

O inconsequente ato



Um malandro, com razão de acirrar a encrenca de vizinhos, resolveu aprontar ousada peça. A dupla de intrigados, por desconfianças e divisas, mantinham as relações estremecidas! Velhas intrigas e rixas afloravam!
Um cidadão, na proporção de “querer colocar gravetos para elevar o fogo”, foi apanhar uma camisa no varal do sicrano. Este, com fama de mulherengo, inspirava desconfiança no beltrano. O último, com mulher bonita e nova, procurava redobrar os receios e vigilâncias!
A peça surrupiada, na calada da noite e no descuido familiar, viu-se acrescida na máquina de lavar (da esposa do beltrano). Esta, no entender das diversas peças de roupas, deparou-se com a ímpar surpresa: a conhecida camisa do sicrano.
O achado, de imediato, foi comunicado e mostrado ao companheiro. Este requereu alguma convincente explicação do ocorrido. O caminho das dúvidas e reboliços tomaram forma (na proporção do desconhecimento sicrano).
O marido, num instante, chegou a desconfiar da própria companhia! As explicações e justificativas foram muitas para desfazer o mito! As provocações e xingamentos, com ferramentas improvisadas como armas, tomaram corpo nas cercanias da moradia do sicrano.
A situação, em função da mera brincadeira, viu-se num confronto acirrado. Os vizinhos, graças à intervenção de pacificadores (amigos, familiares e religioso), acabaram serenando os ânimos.
As partes, depois de alguns dias, descobriram de tratar-se duma inconveniente afronta. O fato, por pouco e sorte, não acabou em agressões e mortes! A história ficou nos registros dos relatos das intrigas de vizinhos!
Antes de executar brincadeiras, convém imaginar eventuais consequências. Certos atos, aplicados aos alheios, podem esconder sublimes malícias. Indivíduos de má índole existem em todas as raças e religiões!

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://fisicacuriosaecriativa.blogspot.com.br

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