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quinta-feira, 4 de abril de 2013

O apego excessivo



Uma menina moça, como sonho profissional, quis sair das colônias. Ela queria distância dos cuidados da casa e tarefas rurais. Esta queria ganhar e ter o seu dinheirinho. A ideia consistia em conciliar estudo e trabalho (nalguma ocupação urbana).
O pedido, junto a uns conhecidos, foi atendido pelo pai. Este, junto a um amigo, pediu emprego/trabalho. A jovem, como cortesia especial, pode residir junto a família contratante. A função era auxiliar na empresa, cuidar duma idosa (como companhia), ocupar-se com tarefas caseiras... O acordo, numas semanas, funcionou que “nem serviço de vassoura nova”. Os elogios e a satisfação foram do contento das partes.
A convivência, debaixo do idêntico teto, foi revelando as fraquezas e manias. A família deixou de carecer da sua tradicional privacidade. A moça, no cansaço das obrigações e saudades das parcerias, apegou-se ao celular.
 Este, ao contínuo alcance da mão, mantinha-se o centro das atenções e preocupações. Algumas ligações e torpedos, inclusive nas caladas da noite, viam-se atendidos e enviados. O acordo, com a soma de alguns resmungos, cedo viu-se desfeito. O genitor, como trouxe a mudança, pode reaver a fulana ao lar. A solução, lá adiante, consistiu em partir para outra iniciativa.
O conflito de gerações, em função de hábitos tecnológicos, tornou-se fato corriqueiro nas famílias. Todo começo tem suas aprendizagens e dificuldades. A palavra não mostra-se comum para quem inicia ousada empleitada.
                                                                                                 
Guido Lang
“Singelos Sucedidos do Cotidiano da Existência”

Crédito da imagem:http://blogs.jovempan.uol.com.br 

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