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segunda-feira, 29 de abril de 2013

A ilusão do galo


A ave, como rei das galinhas, esnobava abusos e correrias. O cocoricó, a longas distâncias, via-se ouvido e reconhecido. A concorrência não via a hora própria do seu infortúnio (para assumir as funções e o poder).
O galo índio gigante, na modesta inteligência, entendia-se como excepcional prestador de serviços ao criador. Este, em função dos belos galados ovos, bem que merecia apetitosos e saborosas grãos. As companhias, do total de sete do harém, dava plena conta das intimidades.
Alguma repentina visita, em forma de surpresa, advenho de longínqua paragem. O criador viu-se desprevenido em carnes. A solução, regada a saladas, consistiu numa apetitosa e suculenta galinhada. O galo, como especial protegido, acabou às pressas passado na faca.
A fama e  o poder tinha ruído como castelo de areia. O equívoco da proteção não passou de preocupação com o capital. O infortúnio serviu de alegria a outro assumir o governo e território.
Os humanos, susceptíveis as oscilações do bolso, revelam-se desapegados e traiçoeiros. “A morte de uns serve de alimento a outros!” “O orgulho cedo a terra come!”

Guido Lang
“Singelas Fábulas e Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://umaseoutras.com.br

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