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segunda-feira, 22 de abril de 2013

A falta de macho


Uma família, com duas mulheres e um marido, mantinha o azar da ausência de filhos. Alguma razão impossibilitou a geração e continuação familiar!
Duas irmãs, com um único marido, não tiveram a felicidade de gerar os devidos rebentos. Estes, para os cuidados na velhice, apelaram às adoções e auxílio de parentes. Algum acolhimento, depois de várias tentativas, resultou numa descendência. Os conhecidos e vizinhos, nesta tradicional clã, estranharam essa anormal realidade colonial!
Uns curiosos, nos comentários gerais da venda, quiseram saber as razões dessa incomum escolha. Estes, de forma discreta e informal, indagaram a parentes e vizinhos. As meras suposições tornaram-se as respostas corriqueiras. Uns faziam uma leva ideia das eventuais causas, porém não quiseram expor-se de forma aberta!
Um morador, para abreviar detalhes e explicações da conversação, resumiu o tema. Este, sem maiores floreios e rodeios, falou: “- A família deveria ter mudado o macho! Faltou simplesmente o cachaço! O homem não fez a devida lição de casa! Este, muito enciumado e possessivo, evitou também de algum outro em fazê-lo!”
As pessoas não poupam em certos comentários e linguagens. Os vizinhos, como próximos, sabem muito da vida familiar. Certos comparativos abreviam um conjunto de detalhes e explicações! O esdrúxulo, como exemplo, mostra-se fácil de entender e memorizar!
Os órgãos vitais, para o pleno êxitos das funções corporais, precisam funcionar a contento e em harmonia. A fidelidade extrema revela-se sinônimo de confiança e crédito. Alguns indivíduos, em nome do amor e da família, submetem-se a companhias e sofrimentos impróprios.

Guido Lang
“Singelas Crônicas do Cotidiano da Existência”

Crédito da imagem: http://papodehomem2.wordpress.com


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