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quarta-feira, 27 de março de 2013

O velado espetáculo


Os jantares bailes, junto aos encontros esportivos (do campeonato amador), são os grandes eventos coloniais.
Estes, nos centros comunitários e campos varzeanos, reúnem o público das colônias.  Os momentos, de convivência e lazer, são ímpares (para “renovar as baterias das preocupações e do trabalho semanal”). As entidades comunitárias visam o lucro e os moradores, na proporção do lazer, almejam o reconhecimento social. A necessidade humana é grande de mostrar-se aos semelhantes.
Os bailes, às diversas idades, promovem as danças de salão. Inúmeros casais, nos diversos ritmos, tem sua principal diversão. O pessoal adora bailar para despreocupar-se e praticar exercícios. Uns, em tardes e noites inteiras, divertem-se ao som das músicas (dos conjuntos ou eletrônica). A comilança, como distração, ocorre tradicionalmente nos bailes dos sábados.
Uma classe de indivíduos excepcional relaciona-se aos habilidosos casais dançarinos. Uns, para mostrar o dom, aproveitam a oportunidade para dar shows nas pistas. Eles querem externar suas habilidades e ganhar admiração. Os enamorados, nas inúmeras comunidades, vêem-se conhecidos pelos particulares espetáculos. O curioso: uns pensam estar dançando no ritmo próprio da música e a realidade nem sempre corresponde aos fatos.
Alguém, a título de brincadeira e gozação, instituiu o título de casal “Melhor Dançarino”.  Júris anônimos, com pessoas escolhidas a dedo, indicariam este casal. Os conceituados, em tais bailes, poderiam externar a magnificência. Uns pares esmeram-se deveras na habilidade corporal (para ganhar porventura algumas cervejas como prêmio).
A conversa, na prática, não passou de mera lorota/trote! Os músicos, no contexto do início dos bailes, nem bem iniciaram a animação e os interessados já encontraram-se marcando ponto nas pistas. A honra e a satisfação consistia em dançar a primeira peça!
A música de bandinha, como estilo preferencial, encheu em segundos a quadra com dezenas de pares! Versa a sabedoria comunitária: “Um casal dançarino mostra-se sempre bem vindo a quaisquer eventos para dar o seu parcial espetáculo!”
As pessoas costumam salientar-se naquilo que gostam. O ser humano, junto aos seus, precisa da admiração e reconhecimento para sentir-se feliz e realizado. Pé de valsa ostenta-se uma aptidão estimada e valorizada na convivência comunitária.

Guido Lang
“Singelas Histórias do Cotidiano das Colônias”

Crédito da imagem:http://www.groupon.com.br 

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