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quinta-feira, 28 de março de 2013

A inovada proteção



Um modesto colono, a cada safra, cultivou suas tradicionais sementes de melancia. Este possuía uma paixão excepcional pela cultura. Ela, no sabor do calor de verão, dava um cardápio especial. Algumas frutas, bem geladas e graúdas, reuniam a família ao redor da comilança. O pessoal degustava-a na proporção de fazer alguma pausa nas obrigações.
A dificuldade e o problema relacionou-se ao frequente roubo das colheitas. Alguns malandros, alheios aos esforços do trabalho (com o plantio e seus cuidados), surrupiavam sacos e mais sacos do produto. Algumas peças nem fariam a menor diferença, porém os exageros importunavam-no deveras. Este, diante da astúcia e ousadia, resolveu improvisar e inovar.
O produtor, nas beiradas da lavoura, encheu o espaço com abelhas. Elas, em inúmeras comunidades, faziam a segurança. O patrimônio viu-se cedo resguardado pelas africanas. O respeito, desconhecido pelos larápios, impôs-se rápido no ambiente.
A fama, da escamoteada surpresa, correu nos falatórios da comunidade. Uns, das abelhas, tiveram mais medo “do que o diabo da cruz”. Os ladrões certamente temiam chocar-se com alguma caixa! As necessidades criam as invenções! Conciliar adversidades é obra de espertos!
Singelos atos, no âmbito geral, fazem muita diferença. Conciliar interesses é uma maneira de avolumar patrimônio. O temor de uns mostra-se a alegria/felicidade de outros. Cada qual luta pela sobrevivência com as armas ao seu alcance. As coisas ruins até o vento encarrega-se de espalhar (na proporção das boas custarem a avolumar-se).

Guido Lang
“Singelas Histórias do Cotidiano das Colônias”

Crédito da imagem: http://ahortadocouto.blogspot.com.br

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