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sábado, 30 de março de 2013

A diferença dum detalhe



Uma senhora, para fazer companhia ao finado, estampou sua foto na lápide (do jazigo familiar). Esta, fotografada nos tempos do casamento, encontrava-se a relembrar a agradável parceria e o feliz matrimônio.
Um conhecido, de terras distantes, foi visitar os antepassados (no cemitério comunitário). Ele, como filho da terra (porém migrante desde tenra idade), procurou dar uma olhada nos recentes falecimentos. O visitante, deparando-se com a série de lápides, achou aquela do casal. O cidadão ficou muitíssimo assombrado: “ – Beltrana de tal! Esta também faleceu! Como não se ouviu falar disso?”
O fulano, na saída da necrópole, deparou-se com uma inacreditável presença. A finada, como aparente assombração, deu as caras em carne e osso! O fulano, num instante, acreditou tratar-se dum fantasma. Este, de imediato, amarelou e gelou!
O camarada relembrou-se do modesto detalhe. Este havia cochilado em verificar a data do falecimento. A fulana encontravam-se estampada de foto, porém ainda encontrava-se viva. Ela unicamente tinha antecipado sua imagem (junto ao finado marido). A desconfiança de pais, em carecer de ganhar uma lápide dos filhos, faz antecipar uma situação.
A precaução é uma forma de evitar aborrecimentos e atropelos. Um singelo detalhe  faz diferença. A tradição, como crença de má sorte, inibe estampar fotos em lápides (na proporção de estar vivo). Quem de nós não convive com equívocos?

Guido Lang
“Singelos Sucedidos do Cotidiano da Existência”

Crédito da imagem: http://poesiaretro.blogspot.com.br


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