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domingo, 31 de março de 2013

A brincadeira do rabo



Um camarada, boa vida e folgado, adorava as festanças e passeios. A família, com suas saídas e vindas, sofria as consequências das afrontas e dispêndios. O dinheiro, tão poupado e suado, “via-se canalizado para o ralo”.
Os amigos, parceiros das barulheiras e bebedeiras, perguntaram sobre as desfeitas. Estas de deixar a jovem mãe e filhos em casa (na proporção deste encontrar-se na folia). O parceiro, no entender dos companheiros, “deveria ter dó e peso na consciência”. Os familiares padeciam nas dificuldades e preocupações. O marido, numa imprudência,  gastava o suado dinheirinho (“nos bailes e bebedeiras de beira de estrada”).
O cidadão, como resposta, externou a pérola: “- O homem, tendo uma exclusiva mulher nas intimidades, assemelha-se aos cachorrinhos. Estes, na ingenuidade e tenra idade, adoram brincar com o próprio rabo”. Quê dizer diante da concepção e filosofia dessas? A espécie contém membros de todos os gostos e paladares! Algumas ideias assemelham-se a duas! Cada qual tem o que merece!
Algumas companhias e parcerias mostram-se sinônimos de aborrecimentos e problemas. Certas realidades descobre-se unicamente na proporção da convivência. O indivíduo pensa conhecer com quem dorme!

Guido Lang
“Singelos Sucedidos do Cotidiano da Existência”

Crédito da imagem: http://www.thompsonhotels.com

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