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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Segredos do instinto selvagem



          Um morador, muito caprichoso e zeloso como micro-empresário colonial, continuou sua improvisada profissão de apicultor. O trabalho, junto as demais atividades, consistiu no estudo e manejo das abelhas. A produção de mel, como complemento econômico-financeiro, revelava-se uma atividade suplementar as criações e plantações.
Este, sem maiores cursos e leituras, foi observando criteriosamente os comportamentos/hábitos dos insetos. Uma descoberta básica, para o êxito da empleitada, consistia na intensa insolação (nos locais da instalação das colmeias). O maior  número de horas possíveis de sol durante os dias  e, de preferência, os primeiros raios matinais. A extrema sensibilidade, dos velhos habitantes da Terra, expressa uma nobre lição de vida aos humanos. A necessidade, de quaisquer seres, de apanhar os primeiros raios da estrela Sol (como vitamina ao corpo). Esta precisa ser uma prática e preocupação primordial das pessoas idosas (predispostas a angariar alguma sobrevida).
A segunda observação relacionou-se as caixas iscas. Elas, pela propriedade, viam-se espalhadas para abrigar/apanhar os enxames. Estas, colocadas sobre postes gravados no chão, viam-se instaladas como chamariscos. O apicultor estabeleceu algumas em áreas abertas e outras nos lugares fechados. As expostas, de forma geral, desinteressavam aos enxames. Os insetos, de forma categórica (com a exposição), rejeitavam o convite e a oferta. As instalações escamoteadas  no interior dos brejos, macegas e matos, mostrava-se um prato cheio. Elas, na primeira oportunidade (com o mimos de cera no interior), faziam-os espaços próprios às moradias. Um hábito consistia na discrição e pacata vida. Os insetos queriam tranquilidade para produzir e trabalhar. Um contraste  marcante, comparado aos desígnios humanos, de precisar mostrar e ostentar.
Outro segredo consistia em inserir as colmeias no habitat próprio da espécie. As abelhas, tendo um instinto selvagens, precisam dos ambientes naturais. Elas conhecem seus inimigos e os meios de proteção contra estes. Os fatores favoráveis leva ao êxito das colmeias e a sobrevivência da espécie. Elas, em pouca semanas, mantinham-se sólidas comunidades. A produção melífera ocorria na proporção das florações. O produtor, com a companhia maciça das comunidades, via  multiplicado sua produção rural (complementar). Uma preocupação básica dos insetos, como lição, consiste em não infringir seus desígnios naturais.
A esperteza e sabedoria humana consistia na atenta observação. Os segredos, de quaisquer negócios, acham-se embutidos na própria realidade. Os dados e os segredos encontram-se escritos em quaisquer meios. O cidadão precisa unicamente ter o conhecimento e a paciência para fazer as devidas leituras. Os coloniais adoram desvendar os enigmas e segredos da natureza. O caminho do êxito e progresso, com acirrado espírito de cientista empírico, soma-se a dedicação e trabalho.
Cada espécie com as discrições e os próprios do seu habitat. A escola da vida é o melhor educandário para decifrar os mistérios dos empreendimentos e negócios. Extrair ensinamentos e sabedorias dos tropeços alheios ostenta-se princípio dos astutos e espertos.
                                                                         
Guido Lang
“Singelas Histórias do Cotidiano das Colônias”


Crédito da imagem: http://quadrinhosantigos.blogspot.com.br/2011/04/extincao-das-abelhas-e-o-fim-da.html

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