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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Palavras indígenas


       "Soube que pretendem colocar-nos numa reserva perto das montanhas. Não quero ficar nela. Gosto de vaguear pelas pradarias. Nelas sinto-me livre e feliz. Quando nos fixamos, ficamos pálidos e morremos. Pus de lado a minha lança, o arco e o escudo, mas sinto-me seguro junto deles. Disse-lhes a verdade. Não tenho pequenas mentiras ocultas em mim, mas não sei como são os comissários. São tão francos como eu? Há muito tempo, esta terra pertencia aos nossos antepassados. Mas, quando subo o rio, vejo acampamentos de soldados nas suas margens. Esses soldados cortam a minha madeira, matam o meu búfalo e, quando vejo isso, o meu coração parece partir-se. Fico triste… Será que o homem branco se tornou uma criança, que mata sem se importar, e não come o que matou? Quando os homens vermelhos matam a caça, é para que possam viver, e não morrer de fome.”  


(Satanta, dos Kiowas)

Crédito da imagem: www.josephfama.com

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