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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

O teste




O indivíduo, com a idade e profissionalização, torna-se um professor! Ensina aqui e acolá na proporção de administrar e inovar empreendimentos. Qualquer pessoa, nalgum item, ostenta-se um exímio conhecedor de área/tarefa. O principal, nisso tudo, consiste em propagar/perpetuar esse conhecimento para filhos e jovens. O exemplo, pela convivência, fala mais do que mil palavras.
Um certo colono, como plantador rural, precisou investir muito em equipamentos e maquinário. Cada vez mais caros, eficientes e maiores! Este, com um único filho, precisou continuamente de complemento de profissionais. Eles andam muito escassos nas atividades primárias. Prevalecem a ideia dos bons e renumerados empregos somente existirem nas cidades. Os jovens, de maneira geral, não querem comprometer-se com trabalhos nos finais de semana. Estes fazem vistas grossas e riem de algum patrão falar em labutar, em momentos ímpares, nalguns feriados, sábados e domingos. A agricultura e pecuária, com a época e tempo próprio, não permitem esperar. Certas tarefas, com uma boa chuva, obrigam a realização no tempo hábil/dia propício.
O senhor, investidor agrícola, obriga-se, volta e meia, contratar alguns assalariados. Jovens interessados em continuar nos manejos do campo e da lavoura. O curioso: as escolas pouco acrescentam/formam nesta área. Os ensinamentos dão-se na prática do cotidiano. O investidor precisa ensinar as artes e manhas da direção e manutenção das máquinas, eficiência e segredos do plantio, cuidado e trato de animais... A necessidade, em inúmeras situações, tornaram-no um professor (empírico).
O cidadão, no momento das explicações, descobriu um critério de avaliação. O ensinado para dar certo ou não (no proposto). Ele precisa ter noção e interesse à tarefa, levar cuidado/jeito e gosto (caso contrário não pode manejar “artefatos milionários”). O aprendiz, como interessado/vocacionado, fica com “os olhos vidrados”, assimila e refaz o externado (com facilidade), ostenta alguma noção de direção e mecânica... O elemento, desligado e direcionado (a outros interesses), cedo mexe no celular, olha para os lados, repara horas, desatento em detalhes... O senhor, de imediato, detecta o real desinteresse. Observa a carência de maior vocação (no que dispensa). Recorre a outro com razão de fazer os devidos investimentos e oferecer chances de formação.
O difícil consiste em esconder/trapacear quem conhece certas realidades do trabalho. Onde muitos querem ir, outros poucos encontram-se no retorno (a um bom tempo). O jeito vocacionado, para certos negócios, revela-se de imediato aos olhos atentos e treinados. Quem coloca fortuna nas mãos de aprendizes e novatos incorre em grandes riscos de perdas monetárias. Inúmeros adultos, na compreensão dos jovens, são chatos e inconvenientes (na proporção de cobrarem eficiências e resultados). O indivíduo, nas muitas atividades, mostra-se continuamente avaliado e reparado.

Guido Lang
Livro "Histórias das Colônias"
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)
                                                                                                   
Crédito da imagem: http://www.fotosbonitas.com.br/campos/campo-casa/

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