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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A revelação das bananeiras

 

  Querer saber a antecipação de resultados, nas disputas acirradas, revela-se um desejo comum. As colônias, para tê-los, valem-se duma velha prática, que ostenta-se conhecida de quaisquer rurais.
  Ela pode decifrar o enigma das disputas comunitárias e políticas nas diretorias e municipalidades, consiste em cortar duas bananeiras. Elas, umas semanas antes, precisam ser cortadas com grossura e tamanho idênticas. O cortador, neste momento, precisa ser imparcial e dar as idênticas condições a ambos as plantas. Corta-se, numa altura, de uma a duas dezenas de centímetros, quando pouco importa a Lua. Define-se, na primeira e segunda, beltrano e sicrano. Algum acaba na saliência no comparativo, quando este acabará sendo o provável vitorioso na querela. A prática aplicasse costumeiramente num bananal próximo ao pátio.
  Os dias transcorridos vão revelando a saliência, no que um desenvolve-se mais e o outro menos. Os moradores, juntos aos familiares e vizinhos, comentam o desenvolvimento. O curioso, em diversos casos, várias famílias recorrem à prática, quando os resultados poucos divergem. O acerto, na maioria dos casos, ocorre de forma efetiva. Desconhece-se a autoria do inventor da adivinhação, porém adveio da adaptação teuta ao contexto americano. O frio, na Europa Central, não permite o cultivo da espécie assim como ostenta-se natural dos climas quentes e úmidos. 
  O comparativo de cepas das plantas revela-se mais uma dessas particularidades, que a literatura desconhece/ignora no processo de colonização. Ela consiste numa prática colonial dos pátios, que a realidade urbana desconhece. Poderia-se dizer: compete à prática com os indicadores das pesquisas eleitorais, que, em inúmeras realidades, acabam induzidas na direção do poder econômico. A gangorra, da balança, tem a forte tendência de pender na direção do maior poder monetário.
  As pessoas acreditam naquilo que convém e direciona. A adivinhação, ao longo da história, tem confirmado os resultados duvidosos com os acertos da prática.

Guido Lang
Livro "Histórias das Colônias"
(Literatura Colonial Teuto- brasileira)

Crédito da imagem: http://www.lurvely.com/photo/3125922662/Flor_de_bananeira_de_jardimHELICONIA_ROSTRATA/

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