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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O desafio inadiável

 
     Umas nuvens, no calor de primavera, vislumbram-se no horizonte! Chuva torrencial promete abater-se no cenário colonial e o colono relembra-se dum desleixo.
      Este deixou os desvios/canaletas, da estrada de roça, suprimidas. Passou por cima dos calombos e nada de reparos. A água, escorrendo solta pelo caminho, parecem fazer um estrago irreparável; o ônus dos reparos prometem ser pesados. Comenta o fato com sua senhora e sente remorsos com o desleixo. Pensou, num momento, até pedir ao diarista ou filho, no que, com chuva vista já a distância, desiste do pedido. Pode, numa casualidade, abater-se alguma desgraça e acaba acusado de culpado desse fato (como consequências do mando).
        O colono, às pressas, apanha capa e enxada. Ele próprio concretiza a incumbência. Enfrenta a água e as violências dos fenômenos meteorológicos, em minutos acaba encharcado. Realiza a tarefa do início ao desfecho da propriedade; evita dispêndios de máquinas e tempo. Aprendeu, numa próxima, não "confiar em São Pedro" na época dos períodos próprios a instabilidade. O calor e a umidade, próprio ao desenvolvimento das plantas, possuem o impróprio do repentino. As estradas, como produtor rural, são um patrimônio valioso, no qual cuidados são imprescindíveis.
       Certas tarefas, como proprietário, não tem como postergar a terceiros; o próprio dono precisa abraçar a incumbência. Alguns descuidos momentâneos, de aparência dão inexpressivos no início, tornam-se deveras oneroso (antes do imaginado). Quaisquer patrimônios exigem constantes reparos e vigilância (no seu funcionamento e manutenção).
 
Guido Lang
Livro "Histórias das Colônias"
(Literatura Colonial Teuto-Brasileira)

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