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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

A habilidade dos especialistas

    

     Um certo morador, depois de uma década de suado trabalho, pode finalmente construir a sua casa.  Procurou, nesses anos todos, fazer reservas monetárias, que lhe pudesse permitir comprar os materiais à vista. Um bom desconto, nestas horas de aperto financeiro, representa um especial alívio, no que pode fazer mais com menos. 
   Achegou-se a época de iniciar os trabalhos, quando já tinha ganho uma área dos pais. Desconhecia maiores habilidades de construção assim como nem tinha mão de obra para isso. A solução foi informar-se da eficiência alheia, no que, no engenheiro, comprou a planta e, no pedreiro, a execução. Ele nas férias e finais de semana, foi o próprio ajudante, porque, como adepto dum princípio achava-se ‘‘que a mão de obra do dono abençoa o trabalho, como o esterco angaria as bênçãos divinas’’.
   As semanas transcorreram e o vulto tomava forma. A companheira, como auxiliar, ocupava-se com o fogão e tarefas leves. O essencial, no sonho familiar, consistiu do casal falar-se às alegrias e dificuldades, assim como conhecer o valor do empreendimento. Quem o edifica com as próprias mãos curte mais os prazeres assim, na manutenção, não deixa o desleixo tomar conta (no futuro).
  O exemplo aplica-se a qualquer contexto duma obra excepcional. Valer-se do especialista, de confiança, na proporção de inexistir habilidades para determinadas tarefas. Converse e pesquise profissionais; ouça ideias antecipadas e daí, decidido, parte para a execução. O desconhecimento não é motivo de vergonha porém ignorância consiste em deixar de se informar e tratar. A casa, na vida de inúmeras pessoas, consiste na obra ímpar da existência, quando o cidadão não pode dar-se ao luxo de equivocar-se e desperdiçar. Qualquer edificação encontra impregnada, no interior da aparência e peças, as concepções dos seus construtores.
   O esperto cerca-se do entendido, enquanto o preguiçoso faz de quaisquer maneiras! Os atropelos e encargos, no contexto de uma construção, conhece-se somente na proporção de ter construído nalgum momento. O vergonhoso não está no desconhecer porém no fato de não querer saber!
Guido Lang
Livro ‘’História das Colônias’’
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)

Crédito da imagem: http://novafriburgo.olx.com.br/escritorio-de-advocacia-em-nova-friburgo-e-no-rio-de-janeiro-iid-81068974 

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