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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

As "pérolas" do cotidiano da vivência



     As pessoas, ao longo da sua sina, acumulam excepcionais sabedorias, que expressam-se em adágios, ditos e provérbios. Costumam, entre amigos, parentes e vizinhos, externá-los nas conversas informais, no qual fala-se muito em poucas palavras. Os colonos, como agricultores e moradores do meio rural, não fogem a regra, quando assimilaram especiais lições. Estas ouvidas no quotidiano das conversas, numa sabedoria ímpar, revelam o modo existencial. Compartilhemos, com seus autores, algumas frases significativas.
     01.  Quando o marido é muito bom, a mulher usa as botas (Edith Schonhorst Altmann).
   02.  O homem muito fofoqueiro e mentiroso ostentava-se costumeiramente falso (Elga Maria Steffler Lang).
   03.  Uma hora de visita mostra-se o suficiente; conversou-se o essencial e dali em diante começa as mentiras e vantagens (Lothário Lang).
    04.  Os filhos crescem e com isto vai à vida dos pais (Roberto Scheffler).
    05.  A vida é como a sombra, que aparece com o Sol e com ele some (Miro von Mühlen).
    06.  O indivíduo conhece o pensamento da pessoa pelos livros existentes na biblioteca (Júlio César Lang).
  07.  O relógio da vida, depois dos cinquenta anos de existência, passa a correr para trás (Flávio Fensterseifer).
   08.  Os homens, em função da ganância por dinheiro, vão destruindo a maravilha divina da natureza (Lira Hamester Lang).
  09.  O estômago, com os exageros e misturas das comidas, assemelha-se a um tanque de lavagem (Silvério Brackmann).
   10.  Mulher bonita custa muito dinheiro e não se consegue cuidar o suficiente (Maurício Tischer).
   11.  Mexer com a mulher alheia assemelha-se a mexer com um ninho de vespas (Valdoni Tischer).
   12.  Quem quer meter-se na política precisa agradar as pessoas (Mário Wink).
   13.  Bons amigos fazem negócios e negócios fazem bons amigos (Darci Dickel).
   14.  Uma boa horta costuma ser a metade da cozinha (Nilvo Ludwig).
   15.  Pode-se cuidar! Geada em cima de chão molhado é prenúncio de chuva (Dário Frederico Lang).
   16.  O frio, no corpo da pessoa, fica cada vez mais acirrado com a idade (Elmo Schäefer).
   17.  Qualquer estrada sempre tem sua utilidade assim como qualquer árvore tem sua importância (Rubem Stahlhöfer).
   18.  O amor é cego porém o vizinho não (Plínio Dickel).
   19.  O conhecimento assimilado, na prática da propriedade, é um; este, na cidade, não tem maior valor (Silvio Stahlhöfer).
   20.  O pobre, no período das férias, carrega pedras (Daniel Scarpi).
   21.  O colono costuma ser chamado de mula e denominá-lo desta forma é ofender a sabedoria do animal (Lírio Klein).
   22.  Difícil tirar dinheiro de quem gosta demais dele (Guido Lang).
   23.  O indivíduo, na terceira idade, só tem a tendência em ser rápido no cair e, no demais, mostra-se cada vez mais devagar (Lotário Dickel).
  24.  Qualquer conselho, dado por pessoa honesta, revela-se uma fortuna para quem a recebe (Werno Michel).
  25.  Sê queres saber, lá do fundo baú, os teus podres – precisa só ser candidato na política (Dirce Altmann).
   26.  O indivíduo para ser mau conceituado/falado, precisa só ter um pouco mais de patrimônio no contexto comunitário (Norberto Lang).
   27.  Toda planta serve como chá; precisa-se unicamente conhecer a sua utilidade (Melita Müller Dickel).
   28.  Que evolução é essa que considera o capricho, organização e trabalho ultrapassado? Isto não existe! (Gilberto Kreimeier).
   29.  A gente sempre deve ser humilde e ostentar menos que se tem (Romildo Spellmeier).
   30.  Alegro-me muito com o sucesso alheio! Se os outros vão bem eu também vou! (Danilo Markmann).

Guido Lang
Livro “Histórias das Colônias”


Crédito da imagem: http://dicasemmoda.com.br/perolas-2/ 



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