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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Um dia como Deus!




          A memória colonial reserva uma história para aqueles indivíduos que “costumam conhecer e fazer tudo melhor”. Estes, de maneira geral, ainda costumam colocar defeitos nas realizações alheias.
         Deus, o Criador, procurou realizar sua nobre missão com a maior calma e sabedoria, quando abstinha-se de maiores pressas. Procurou, como ajudantes e parceiros, criar os anjos, quando, com os anos, um determinado grupo parecia saber mais que o próprio autor da criação. Estes, com acentuado senso crítico, viviam “a aloprar os ouvidos” de Deus, que, numa altura, resolveu ouvi-los. Os anjos, como exemplo, procuraram abordar a questão dum ser consumir o outro; homens estabelecerem guerras; o tempo manter-se numa contínua oscilação... Sabiam, como de práxis, tudo melhor, quando deram a mínima às explicações divinas.
          Deus, numa certa altura, enjoou das malfadadas críticas e lamúrias, que frequentemente ouvia nos cantos e recantos do ambiente. Chamou os descontentes e deu-lhes a incumbência de resolver as questões da mudança do tempo e clima. Estes, consultando os projetos pré-estabelecidos e programas de partido, colocaram mãos à obra, quando seguiram rigorosamente as determinações. Os dias, numa pontualidade inglesa, ganharam épocas de chuva, frio, nublado e sol; todos poderiam programar-se nos determinados climas. O acerto foi estabelecido por complicados e interessantes cálculos, que não poderiam estar equivocados. O tempo seguiu o estabelecido e firmado, porém, com a evolução dos fatos, animais passaram a ter carência de água, vegetais secaram, homens depararam-se com fomes... O pior, espécies “começaram a desaparecer do mapa”, chegaram “num beco sem saída”, quando o mundo encontrava-se numa série ameaça de subsistência. A incumbência foi devolvida ao Criador, que lhes disse do esquecimento do vento para desfazer o efeito estufa.
        Queres conhecer a capacidade dos teus adversários e críticos, dá-lhes o poder numa oportunidade. A crítica mostra-se fácil, o difícil é realizar melhor.

Guido Lang
Edição virtual
Livro “Histórias das Colônias”


Crédito da imagem: http://umsoprodedeus.blogspot.com.br/2012/07/terra-seria-um-ceu.html 

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