O expectador, nas andanças
(urbanas), convive na diferença de cenários e visões. As aberrações, na “selva
do asfalto e concreto”, alternam-se na miséria e riqueza. Os prédios, em casas
e comércios, confundem-se nas paisagens. As improvisações, em “cidades
dormitórios”, sobrepujam nas periferias. Os condomínios, em esparsos, governam
nos abastados. Os andares, em segurança, amparam remediados... As vilas, em instalação
de favelas, coexistem nas adjacências de rodovias. A migração, em estirpes, segue
ativa e difícil. Distintos, em longo tempo (no alojado), residem em “empilhadas
moradas”. Os cubículos, em “casas do governo”, convergem em humanizar aberrações.
A população, em milhões, embola-se na sobrevivência. A convulsão, em época de
alquebrados cofres (públicos), consiste em subsistir no dia/semana/mês. O aparente
caos, no epílogo, nutre funcional mercado e reserva (em mão de obra). A miséria, em excedidas multidões, converge
em multíplices semblantes e situações.
Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”
“Histórias do Cotidiano Urbano”
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