O trabalhador, na
aposentadoria, avultou singela fortuna. A indenização trabalhista, no amontoado
de décadas, viu-se ganha em direitos. O valor, em módica extração de loteria,
calhava na simetria de prêmio. O juízo, em abonado, modificou conduta e costume.
As compras e danças, no instantâneo, tomaram vulto (do mau aplicativo). A vida,
na abastança, admitia “aparência de folia”. O suntuoso veículo, na caminhoneta,
acudiu na aquisição. A ocasião, em ambição da chácara, daria cargas de manutenção.
As excursões, em parentes distantes, sucediam na rotina... O sujeito, em parco
tempo (em família), afluiu na habitual pobreza. A súbita fortuna, em “ilha da fantasia”,
transcorreu em conto. A velha sina, na contagem acirrada (dos centavos e
moedas), sucedeu na expressão. A esmola, na alheia riqueza (no indireto dos
parentes), subsistiu na prática. Nenhum dinheiro, no esbanjador, vê-se
suficiente no ganho e gasto. A gerência,
na aptidão do acréscimo, aflui em ciência e juízo.
Guido Lang
“Histórias
do Cotidiano Urbano”
Crédito da imagem: http://euestoudirigindo.blogspot.com.br/