As pessoas, na
proporção da idade, convencem-se do rápido transcorrer do tempo. Os dias,
semanas e meses, na proporção dos anos, assumem a aparência de cada vez mais
acelerados!
Inúmeros amigos,
familiares e vizinhos anteciparam-se na partida ou viagem derradeira. A fila,
das constantes escolhas, diminuem rápido de tamanho! Os parceiros, da assemelhada
faixa etária, reduzem-se continuamente!
A conversa vai e vem
sobre a prestação de contas! Um ancião, no sabor da reflexão, apontou a singela
descoberta ou suspeita. Este, aos incautos e supersticiosos, chegou a assustar
e reforçar temores!
O diálogo ligou-se
temida idade dos sessenta e seis. Esta, entre os muitos números de anos, seria
o mais melindroso da existência. Uma espécie de cheque mate ou número da besta!
O caso ligaria a uma
costumeira confusão de São Pedro. O santo, responsável pelas escolhas dos inúmeros
chamados as alturas, confundir-se-ia com extrema frequência!
O santo, olhando de
cima abaixo (do céu à direção da terra), faria suas escolhas. O equívoco, como
genérica confusão, ligaria do seis pelo nove.
Os sessenta e seis
passariam a significar noventa e nove! A razão de inúmeros irmãos perecerem nesta
primeira idade! Os cuidados, próximo à data, revelar-se-iam redobrados!
Uns, em meio às desgraças e pesar, conseguem ainda fazer brincadeiras
e chacotas. O cidadão nunca sabe do real infortúnio a espreita. As pessoas, em
estórias e mentiras, revelam-se muito criativas e ousadas!
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
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