Numerosos munícipes,
em produtores rurais, vislumbraram nova ocasião. Os oportunistas, na ilusão da esperteza
política, requereram cargas de saibro. A prefeitura, em milhares de carregamentos,
transportou no desejo (no fervor da campanha). O pleito, no apadrinhado
candidato, pintava ganho eleição. Os caminhões, em segundas a sábados, fazia ininterrupta
romaria. O negócio, em gestão de quatro anos, acorria na “glória dos empreiteiros”.
A população, na final hora, elegeu aspirante da oposição. O tribunal de contas,
no controle da gerência pública, apontou gasto. A dívida, em usuário de serviços,
acabou inscrita no erário. Os colonos, na requisição do benefício (do pacote
agrícola), deveram pagar devidos. Inúmeros, em oculto, nutriram desilusão e raiva.
A tática, na “levada”, foi esconder e resguardar fria. O preceito rural, em imperante,
versa em “tirar o maior possível do governo”. “Alguns, na obtenção dos centavos, prestam-se em deixar passar arame rugoso
no traseiro”.
Guido Lang
“Histórias
das Colônias”
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