O morador, filho das
colônias, colocou ureia no tenro milho. A inclemência solar, no vigor da insolação
(na tarde de verão), parecia torrar as plantas. A falta d’água externava ares
de estiagem. O plantador, na irreflexão, viu-se cobrado na tarefa. O proveito cairia
no malogro.
O detalhe relacionou-se aos prenúncios
das chuvas. As angolistas deixaram de entrar no galinheiro. As araquãs cantaram
fora do habitual horário. As pererecas, na atmosfera da heliose, gritavam desorientadas.
Os tubos d’água, no exterior, suaram ao sol...
O anômalo, na Mata Pluvial Subtropical,
ocorria a galhos. Os ruídos, na acidental ruptura dos troncos, caíam nas
árvores. Os ganchos, no brusco, quebravam na consequência dos demasiados pesos.
Os antigos, na ciência, discorriam da ameaça da inconstância.
O plantador antecipou-se na tarefa.
As escassas chuvas, no ardor do verão, externam aplicação e precisão das águas.
As nuvens, na calada da noite, trouxeram as ansiadas precipitações. A umidade,
na felicidade generalizada, deu pausa aos excessos de calor.
A vegetação, no comum, ganhou alento
e aumento. Os milhos, na massa verde, alargaram incremento. As promessas de
safras, em vendas, sedimentaram criações e plantações. As mesas fartas, em cotações
menores, ousaram suceder nos espaços urbanos.
Os
sinais, disponíveis nos ambientes, necessitam da ciência e habilidade das
interpretações. Os rurais, no largo convívio, dominam elementos das sabedorias
da natureza.
Guido Lang
“Singelas Crônicas
das Colônias”
Crédito da imagem: http://www.gruposinagro.com.br/