O frio seco, na paisagem
do Brasil Meridional, trouxe fartura de geada. A branquidão, na entrada de subsecutivas
alvoradas, delineia panoramas extasiantes. Os entes vivos, na variedade das
espécies, arcam e padecem na permanência. O desfecho, no outono, mostra-se
anómalo. As famílias, na conjunção dos domínios e moradas (colônias), apelam na
serventia do fogo. A fumaça, no saliente azul, distingue sítios nos domicílios
e instalações. O costume, no econômico, assiste-se em nutrir intensa calefação.
A gripe, na peste, infesta ambientes e humanos. O frio, na ciência dos antigos,
ensina rigores da seleção natural. A natureza, no feitio esperto e sútil,
elimina o velho com razão de dar vazão ao novo. As vegetações, na melhoria dos
solos, facilitam a ação das raízes. As pragas, na atuação de insetos, ganham descimento
nas sociedades... Os sobreviventes, na extensão da superação da desdita, advêm
em heróis. O epílogo aponta: Os
abrigados e fortes, na existência, subsistem nas adversidades do planeta.
Guido Lang
“Fragmentos
de Sabedoria”
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