O bodegueiro, na alojada
linha, caía na afeição e apreço. Os fregueses, no baralho e festa, reuniam-se no
recinto. Os entrosamentos e informações transcorriam na venda. O consumo, nos
bebes e comes, ocorria na ocasião. Os abusados, no vivo gasto e pedido, “estufavam
peito”. As conversas, na aventura e benefício, aconteciam nas lorotas e prosas.
Os solicitados, na intermitência, ocorriam nas despesas. O detalhe, no fiado, advinha
nas anotações. Os supérfluos, na pendura, brotavam fáceis e intensos. O difícil,
no proposital esquecimento, caía nos acertos e coberturas. Os débitos, no
capital e lucro, completaram dispersos e suprimidos. Os clientes, na cobrança,
advieram no estranhamento. Os cobrados, na sanha e sumiço, caíram no modo. Uns,
na falta do crédito, tornaram-se assíduos clientes na concorrência. As
discordâncias, na má alusão, caíram nas afinidades. O sujeito, no começo, institui
benefício e perpassa, no fim, na laia de perverso. O dinheiro, no empréstimo, afugenta amigos e cunha inimigos.
Guido Lang
“Fragmentos de
Sabedoria”
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