A guaxuma, em fadigosa
daninha, convivia nas adjacências do pátio. A espécie, na ativa disseminação e intensa
concorrência, acorria em aspectos de praga. A planta, em tempo de forte seca, partilhava
berros e rogos. O anseio, em ressequido solo, caía em benzida chuva. O sol, em
calor infernal, semelhava “tostar viventes”. As petições, em semanas, reiteraram-se
aos “ouvidos de São Pedro”. O santo, em “provedor de chuva”, acolheu na
incidência dos solicitados. As nuvens passageiras, em ativa chuva de verão,
ruíram água e vida. O dilúvio, em súbito, adveio em cenário rural. A vegetação,
no baque, ganhou alento e energia. A guaxuma, em revigorada, residia no afrouxado
solo. O colonial, em agricultor, aproveitou propício da ocasião. As unidades,
em apinhadas de floração, viram-se arrancadas na facilidade. O estrago, em escassa
faina, ceifou acumulado de “pés” (plantas). Os viventes, em adequação dos fenômenos
naturais, convêm em acordar sina. Os anseios,
em descomedidos, calham em doloridos entraves.
Guido Lang
“Histórias
das Colônias”
Crédito da imagem: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Chuva_(gotas).JPG