O
ancião, com os seus setenta anos e vai pedrada, acabou recém operado. A
recomendação médica, de forma expressa, aconselha ficar resguardado dentro de
casa!
A
proibição, depois do sútil corte, receita a abstenção de fazer força e
trabalho. Uma dificuldade tremenda, para quem desde tenra idade, acostumou e criou-se
na labuta!
A
vivência, numa aparente hibernação animal, origina o retrocesso mental. As
saídas, curtas e rápidas pelas circunvizinhanças, carecem de arejar e preencher
o vazio!
O
indivíduo, como passatempo, pensou em constituir rodada semanal de baralho. A
dificuldade, diante dos poucos próprios da idade, consiste em arranjar parceiros!
Os
jovens, de modo geral, convêm descartar. Estes, com seus variados interesses e
obrigações, carecem de ânimo e tempo. A solução convém externar convite aos
casais amigos!
O
objetivo, em síntese, consiste em criar e estabelecer alguma companhia de carteado.
A prática, como diversão e passatempo, exercita a mente e ocupa o ócio!
O
rigoroso controle no jogo revela-se exigência da competição. Os cálculos matemáticos,
das inúmeras e variadas combinações, evitam ou retardam a atrofia mental!
O
baralho, entre amigos e familiares, possui acirrados adeptos. O forasteiro,
pelos armazéns, bares e lancherias, pode apreciar o pessoal reunido ao redor da
mesa de jogo!
Os problemas mudam de
acordo com as idades e situações das pessoas. O jogo revela-se necessariamente nem
sempre ócio ou vício!
Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano
das Vivências”
Crédito da imagem: http://www.efecade.com.br/baralho/