A antiga pedreira, berço
da extração de pedras grês às instalações, encontrava-se no descaso. As
espinheiras, de variadas espécies, habitavam o propício ambiente!
O bicharedo peçonhento,
nas aranhas, cobras e lagartos, habitava o lugar. O refúgio, entre espinhos e
pedras, via-se peculiar proteção. Obstáculos à circulação eram comuns!
A planta, na
confiança dos aguçados espinhos, vira-se encravada entre rochas. O lugar,
aproximados duzentos metros, vislumbrou-se desperdício e prejuízo na módica propriedade!
A situação, por
gerações, encontrava-se no abandono e descaso. O novo proprietário, nas férias
e folga, colocou mãos a obra. A seleção tornou-se uma paixão!
O trabalhador, as
espinheiras, ceifou por completo. As espécies, de madeiras nobres, ganharam
alento e atenção! A braçal força, na base da manual foice, fez diferença!
As amoras, angicos,
batingas, cabriúvas, canelas, cerejas, gabirovas, pitangas, viram-se na
proteção. O mato, como refúgio da nativa fauna, ganhou elegância e exuberância!
As madeiras, no uso racional,
despontaram reservas. O capão, no bioma, resguardara exemplares para sementes. O
esterco, no reforço de solo, enobreceu a majestosa bênção!
O centímetro, bem explorado,
presta-se a produzir admiráveis frutos. Os aproveitamentos dos solos refletem o
grau de conhecimento agrícola dos donos!
Trabalhos desprezados, nalgum momento, precisam da materialização.
A minúcia, no embelezamento, merece arrumação e precaução!
Guido Lang
“Crônicas das
Colônias”
Crédito da imagem: http://www.blogjurereinternacional.com.br/