A
família, em arrendatária (de prédios), caía na ampla amizade e consideração. Os
inquilinos, em “boa e responsável gente”, cuidavam na limpeza e paga. A lida espontânea,
em filhos das colônias, incidia na amabilidade e elegância. As lavadas e varridas,
no transcorrer das precisões, ocorriam na aparência e decência. O exterior, na
limpeza, exaltava delícia e miragem (na estadia). A horta, no reparo, acorria no
negócio e passatempo. A circunstância financeira, na cobertura mensal (do
aluguel), perpassou no ônus e problema. A autonomia, em prédio próprio, sucedeu
em morada. O aviso, na desocupação (do recinto), antecipou-se no mês. A
amizade, na ocasião, tomou “ducha de água fria”. As usuais falas, nas improvisadas
vistorias, falsearam na ocorrência. O descaso, nas analogias, sobreveio nos avisos
e contatos. O convívio, no apropriado, advinha no anseio do ganho. A falta, em
potencial de lucro, esfriou afinidades e negócios. As pessoas, no meio urbano, são por demais interesseiras.
Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”
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