A modesta casa, em
interior da linha, acorria desocupada. O aluguel, em ganho, frutificaria em ampliação
de grana. A imobiliária, em intermediação do contrato, foi procurada no ofício.
A família, em origem de distante paragem, calhou no arrendamento. Os trâmites
burocráticos, em atendidos, permitiram instalação. Os estranhos, em alheios ao
meio, romperam os princípios sociais. A falta, em efetivo lavor, obrigou a efetuar
pilhagens. Os roubos, em domínios e roças, tornaram-se comuns. Os parentes, em
novas afluências, encheram casa e retiro. A escola, em colegiais, assistiu-se
ampliada. O amparo social, em amiudadas pedidas, ofertou ranchos. O posto de
saúde, em consultas, acresceu em recepções... A migração, em prática comunitária,
acentuou auxílio e suspeita. Os naturais, em receio, isolaram vagantes. O
acréscimo populacional, em migrações, assentou ares de vila. As regras, em comunitários,
viram-se reavaliadas. O progresso, em excessivo,
castra segurança e sossego.
Guido Lang
“Histórias
das Colônias”
Crédito da imagem: www.queroserconcursado.com.b