Os cunhados e noras,
na dezena de manos, advêm na conversa e visita. As famílias, no trivial, aproveitam
folgas no breve descanso e distração. A educação, na aderência familiar, cultivou
ajudas e entrosagens. O detalhe, nas visitas ao beltrano, liga-se ao excessivo trabalho.
O morador, na lida urbano-rural, vive apinhado e ocupado no plantio. As tarefas,
no horário habitual, incidem na cidade. Os descansos, no extra do sítio,
incidem na produção. O efeito, na falta de tempo, cai na fortuita visitação. As
achegadas, no serviço, cometem na péssima atenção e conversação. O artifício, na
ocasião, sucede na abstinência e desculpas. A visita, na alargada pausa, flui
na circunstância. Uns, na concisa vida, lidam como fossem acrescer e viver ultravida.
O princípio do acúmulo, na ânsia de comprar e ostentar, aloca as pessoas no aperto
e ocupação. O fisco, nas cobranças e saques, degusta-se em ambições e
exultações nas produções. A moderação, na
alegria do indispensável, incide na diminuição dos encargos e jornadas.
Guido Lang
“Fragmentos de
Sabedoria”
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