O forasteiro, carregado
de gente, achega-se de supetão ao alheio domínio. A admirável caminhoneta, no
vidro fumê, advém no fausto e riqueza. A placa, na longínqua cidade, calha na
observância e procedência. A tática consiste em impressionar o distraído e reservado.
O proprietário, modesto
filho das colônias, assusta-se na extravagante ocorrência. O horário oportuno, no
expediente do ofício bancário, fecha-se no decurso. O receio advém na lembrança
dos incômodos e temidos fiscais de banco. As penhoras caem nas reminiscências.
Os agentes, no
endividado conjunto social, adotariam o rumo da averiguação e requisição. As acomodações
e maquinários, em graúdas iniciativas, solicitariam pagamento. Os juros e taxas,
na exorbitância, assumem aparência de agressão e extorsão na liquidação.
A identificação, no
amigo e parceiro, “tira o receio do coração” A condição exótica cunha a
aparência de cilada. Débitos sucedem nas dificuldades de compensação. A estrela
da prudência deve nortear os mercados. “Gato escaldado tem medo de água fria”.
Admiráveis empresas,
no meio rural, criaram-se nos velhos rincões. Os abrigos, em aviários, pocilgas
e tambos, aguçaram produções. Os créditos, na queda das cotações, caem no dilema
da cobertura e negociação. Os avanços ajustam-se aos acasos dos mercados.
O
segredo reside em jamais dar um passo maior que as pernas. Dívidas incidem no
flagelo das ansiedades e insônias.
Guido Lang
“Singelas Crônicas
das Colônias”
Crédito da imagem: http://www.der.mg.gov.br/