O escritor, na feira
dos livros, manteve-se atento e observador. A paixão, em obras, adveio na análise
e avaliação. A experiência, nas muitas feiras, aferiu conduta do público. As
pessoas, na arte do celular, reúnem primazia das atenções e inquietações. As
facilidades, nas consultas do instantâneo (internet), relegam no acessório as
publicações. Os livros, na apreciação e leitura, caem no empenho dos estudados
e seletos. Os incomuns, na distração da apropriada e interessante publicação, cultivam
ciência e tempo. As pessoas, no comum, dão-se ilusório tempo no vislumbre dos
títulos. Os sebos, no livro do baixo custo e usado, convergem no sentido da
morte ou mudança. A família, na biblioteca, quer ver-se livre do material ou o dono
perdeu interesse nos escritos. Numerosos entes, na alongada vivência, perpassam
em jamais terem lido produção. Livreiros, em hábeis feirantes, convivem na falha
da apreciação da leitura. Os livros, na assimilação
e venda, são o ofício de aferrados e atrevidos.
Guido Lang
“Fragmentos de
Sabedoria”
Crédito da imagem: http://marcosfmatos.blog.uol.com.br/