O cidadão, como
profissional da agricultura familiar de subsistência, valeu-se da força animal
e braçal. As carências de opções obrigaram a dedicação ao setor primário!
As dimensões restritas
do lote impossibilitaram maiores investimentos em tecnologias. A área, angariada
através de herança, viu-se aproveitada com a exploração do leite!
As adubações,
capinas, colheitas e lavrações, nas culturas anuais, viram-se efetuadas com
bois ou próprias forças. A labuta manual empregou-se como meio de produção!
A dedicação massiva, depois
de cinco décadas, sucedeu-se nos rodízios de animais. Diversas juntas, de bois
e vacas, viram-se esgotados nos limites da vida útil!
O cidadão, num conto
do vigário, seguiu o exemplo. Este, a semelhança dos bichos, ostenta-se com as
articulações e ossos comprometidos. A cabeça quer e os membros fraquejam!
O rural, nos finais
dias, sente-se igualmente estropiado. Este, volta e meia, relembra as histórias
dos inúmeros animais de canga. O corpo, de forma generalizada, doe e estrala!
O álcool e fumo, como
acirrados vícios, somam-se no flagelo da autodestruição! As dores, nas caladas
da noite, encontram-se espalhadas pelo organismo!
A sina, desde a
colonização, mostrou uma realidade corriqueira no meio rural. Inúmeros
produtores, num comparativo aos animais, trabalharam no limite das energias!
Os excessivos esforços físicos, acrescidos do desgaste no
tempo, produzem pessoas requebradas e sofridas. A mecanização, nas últimas
décadas, reduziu a labuta braçal no campo!
Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano
das Vivências”
Crédito da imagem: http://segredosdealancia.blogspot.com.br/