A
mulher, na fugida do marido, foi dar um passeio no centro da cidade grande. O
fato, na aparente discrição, envolveu uma passada rápida no bailão das quartas!
A
oportunidade mostrou-se ímpar para fazer amigos e sair da rotina do matrimônio.
A cidadã, para safar-se das cobranças do parceiro, externou subterfúgios no
meio social!
Um
recém conhecido, na imprevista ausência, quis o número da fulana. A solução, diante
da necessidade, foi pedir os dados numa aparente amiga e companheira das
festanças!
A
fulana, desconhecendo a mentira, explanou os detalhes da alheia vida. O
objetivo, na prática, consistia em ser prestativo ao estranho! O castelo de
areia ruiu num instante!
As
sucedidas conversas tinham sido belas e ousadas mentiras. A sicrana, entre
outras histórias e lorotas, alegou ser abusada, descompromissada, interessada,
ousada...
Os
dados pessoais, na era da informação, precisam unicamente de pesquisa. Os
registros encontram-se disponíveis na alheia memória! Alguém conhece o
particular viver!
A
ilusão, na cidade grande, ostenta-se em imaginar os estranhos desconhecerem a gente!
Alguém, nos ambientes e lugares diversos, conhece e reconhece o cidadão!
A discrição, neste
grande e pequeno mundo, revela-se dádiva e sonho. A verdade pode custar a
aparecer, porém vislumbra-se antes do previsto!
Guido Lang
“Contos do Cotidiano
das Vivências”
Crédito da imagem: http://estopim-online.blogspot.com.br/