A localidade, na agricultura
familiar de subsistência, mostrou-se conquistada pela Floresta Pluvial
Subtropical. Mãos calejadas, em cinco gerações e cem anos de invasão, instituíram
o solo arável. As baixadas e ladeiras, no lavor braçal, alastraram os cultivos
anuais.
A cana, o feijão, a mandioca e o milho,
na preferência, foram habituais culturas. O panorama colonial, no decorrer de
1980, mudou na extração agrícola. Os colonos, na velha raiz, feneceram no
ambiente. Os jovens, de formação escolar, readequaram o chão arável.
O espaço cultivável, na maioria da
paisagem, acabou no reflorestamento. As ilhas, em lavouras e matos, ganharam o progressivo
acréscimo do eucalipto. O amplo plantio, na exuberância vegetal e fertilidade do
terreno, estabeleceu o espetáculo da floresta artificial.
O eucalipto, nas remotas paragens, vislumbra-se
no hábitat. A integração, no contíguo natural, confere ares de árvore aborígine.
O instintivo, em três décadas, ocorreu: a selva recobrou o lugar original. A
subsistência, no ritmo do monopólio, adveio na nova revolução.
O
cenário colonial, nos aclives e cerros, jaz no cultivo e exploração florestal.
A natureza, no devido momento, retoma a aparência e lugar original.
Guido Lang
“Singelas Crônicas
das Colônias”
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