O sujeito, filho das
colônias, incidiu na prosperidade. O orgulho, na precisão da consideração,
entrou na ação e avaliação. A abastança trouxe alvedrio e prestígio. O dinheiro
transforma aferros e apegos. O dito cujo, no tranquilo interior, ergueu mansão
e recanto.
A edificação, no contíguo
da trilha geral, averiguou-se motivo de admiração e cobiça. A bonança, na
dimensão residencial, verificou-se referência regional. Os estranhos, nas ocasionais
incursões, arguiam dados dos ocupantes. O artífice incidia no gosto e proeza.
O detalhe, na dificuldade,
acoplou-se as relações. As núpcias, no excesso de custeio e faina, caíam na ausência
de convívio e tempo. A mulher, na módica existência e sublimes mãos, incidia na
consecutiva conservação e limpeza. A lida, no singular ônus, carecia de cessar.
O sujeito, na agonia
e aspecto da consorte, inventa de construir ampla e espaçosa morada. Os
palácios, nos amores e diálogos, absorvem o auto tempo. A aparente felicidade
gera adversidade e incerteza. O invariável ofício adsorve o mimo dos singelos atos
e vivências.
Os proveitos, no
material, devem estar a serviço dos entes. As pessoas devem estar a serviço do imaterial.
A riqueza humana, na alegria e prática, reside nas afinidades e coexistências.
As riquezas, no amparo e custeio, acabam na angústia e encargo.
O
excessivo, na falta de ponderação e quietude, resulta no precoce envelhecimento.
A prioridade material, em detrimento do espiritual, acaba na desilusão e frustração
pessoal.
Guido Lang
“Singelas Crônicas
das Colônias”
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