Inúmeros
indivíduos, migrantes e urbanizados, renegam as origens coloniais. A comodidade
e facilidade, nas cidades, seduziu a vivência. Exemplos ouvem-se aos quadrantes!
Os
interiores, em síntese, relembram atraso, carência, distância, humildade,
ingenuidades, sujeira, trabalho... Formigas e mosquitos acentuam “fantasmas” à
memória!
A
moda consiste em seguir e viver os protótipos urbanos. O consumismo, dinheiro,
facilidade, moda, ostentação assumem o centro das ocupações e preocupações!
Um
cidadão, criado e educado nas colônias, iniciou negócio na metrópole. Este, no
ramo das comidas, conciliou conhecimento e vocação. A criatividade vê-se filha
do sucesso!
Uma
singela placa, no centro da grande capital, anunciou: “Serve-se comida colonial”.
Um comunicado viu-se no ambiente dos embonecados, engravatados, perfumados...
O
lugar vivia abarrotado de gente. Os clientes afluíam para degustar os
apetitosos e variados pratos. Os ímpares cheiros, nos esfomeados e exigentes
estômagos, fizeram faltar lugar!
Os
cheiros e gostos, como aipim, arroz, carnes (frango, peixe, porco e rês),
feijão, massas, omeletes, saladas, ostentavam-se um néctar. Fregueses instituíram
a cadeira cativa!
O
preparo, na base do fogão a lenha, incutia alento e vontade. O preparo manual, na
base da abundância, capricho e esmero, agregava qualidade e valor aos frescos alimentos!
Os
indivíduos, dos ancestrais e torrões, guardam conselho, orgulho e reminiscência.
Correção, dificuldade, honestidade, simplicidade e trabalho são princípios
básicos no interior!
O apego e esmero revelam-se
segredo no alcance ao sucesso. O sujeito, na pacata subsistência, consegue
viver feliz e realizado no pouco!
Guido Lang
“Crônicas das
Colônias”
Crédito da imagem: http://ninassweet.wordpress.com/2010/10/31/churrasco/