A idosa senhora, nos
setenta anos, caminhava aborrecida e apressada. A beirada, no tranquilo tráfico,
caía na principal rodovia. A desesperança, no fatigado e padecido corpo,
acontecia nos iniciais quilômetros. A meia hora, na progressiva pernada, tinha transcorrido.
Os três mil metros,
no total de avaliados nove, tinham sido percorridos. A meditação, na ativa fé, achou-se
direcionada: “- Nenhum filho de Deus para dar uma simples carona”. O costume, no
outrora banal, fora largado. O egoísmo, no privado carro, assistiu-se atuante.
Alguns passos aconteceram
na direção. Um conhecido, na feição da ingerência da divina mão, parou no acostamento.
O chamado, na carona, emanou no milagre. O sujeito, na dó, apontou-se anjo. A módica
condução, no auxílio, foi alocada na acomodação e utilidade.
O caminho, na alegre
e boa conversa, adveio no conforto e pressa. O bem privado, na ajuda e
suprimento (de outrém), vira-se disponível e doado. A distinção, na admiração e
consideração, caiu na gratidão. Os simples afagos e agrados disseminam apreciação
e renome.
O sujeito, nas probabilidades,
deve ser instrumento da ação e afeição. O pouco, no apinhado, faz singular
diferença. A assistência, na compreensão, entende-se na proporção de ter precisado.
Amigos são prezados e locais devem ser valorizados.
O indivíduo,
no cultivo da doação e retidão, perpassa como peculiar filho de Deus. A mão
divina, nas leis da física, atua e perpassa de maneira invisível e sútil na
natureza.
Guido Lang
“Singelas Crônicas
das Colônias”
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