A existência, em ocasiões,
crava agruras e artifícios. O infortúnio, na analogia de ardida chaga, ocasiona
inquietações e modificações. O encanto dissolve-se nos ambientes e dias.
O casal, na afeição e
sacrifício, vivia mágico consórcio. A faina permitia digna subsistência. A
convivência, na consolidação familiar, acontecia na analogia e entrosamento. Os
filhos, na afluência normal, advieram na bênção e planejamento. A sorte floria
e sorria.
O casal, na
diligência, alegrou a união. O desenvolvimento, na infância e adolescência,
ocorria na normalidade. A loucura, no trânsito, trouxe o imprevisto. O
acidente, no infortúnio, ceifou preciosa vida. A jovem moça, na insuperável
dor, antecipou o caminho do além.
A família, nos contínuos
anos, convive na perene agonia e lembrança. Os pensamentos direcionam-se a
finada. A vida, no gosto, perdeu a essência. A angústia, na vigília das noites,
advém no desencanto e marasmo. A senilidade, no desgosto, antecipou-se no
tempo.
Os filhos, em quaisquer épocas e idades, traduzem-se na
extensão dos pais. Os genitores, no bem estar dos rebentos, organizam e
programam os dias.
Guido Lang
“Singelas Crônicas
das Vivências”
Crédito da imagem: http://g1.globo.com/