A
filha das colônias, em função do casamento, tomou o rumo da cidade. O intenso trabalho
manteve-se a compreensão de vida. A dezena de filhos exigiu aferro e afeição!
As
necessidades familiares advinham na alta conta. O detalhe, na produção,
mantinha-se na modéstia área. Os dois terrenos, na cercania da residência,
ganharam aproveitamento!
As
imundícies, na geração dos detritos orgânicos, conheceram a conveniência. A adubação,
em canteiros e hortas, permitiu a produção. A plantação constituiu-se na
obsessão!
As
sementes, nos rejeites, ganharam especial estima. A multiplicação, na minúcia,
fazia-se possível na produção de mudas. A abundância advinha na contagem!
A
variedade de artigos, no exemplo das abóboras, alfaces, alhos, cebolas, feijões,
milhos, tomates, viu-se na brotação e lavoura. Encargos, nas compras, viram-se diminuídos!
A
prática, no resultado, atendia a essência do consumo. O intenso aproveitamento,
na singela área, possibilitou inimagináveis volumes. A diferença decorria da sublime
ciência!
Os dejetos, empecilhos
e nojo nas imundícies, ostentam-se chances e lucros. Os profissionais, na
percepção de sábios na vocação, propõem saber “extrair água de pedra”!
Guido Lang
“Crônicas
das Colônias”
Crédito da imagem: http://outraspalavras.net/blog/2013/11/05/agroecologia-brotam-sementes-livres/