Os cachorros, na indiscreta
atitude e exercício, tomaram caminho da excursão e inspeção. As fugidas, nas
caladas do pátio e distração do dono, envolviam alheios domínios e instalações.
Os detritos dos tratos, no vizinho, viram-se ingeridos e suprimidos. A coragem
e ousadia, na ocasião, tornou-se prática rotineira. O contíguo, no anseio de atalhar
arranca-rabos e enredos pela vizinhança, adotou argucioso artifício e recurso.
As bestas, na dimensão da passagem e visita, incidiam na afronta e surpresa. O rojão,
no aceso e impelido, instituía deslocamento de ar. O estrondo, no desgosto dos
ouvidos, passou inconveniência e respeito aos capetas. Os enfadonhos, no abreviado
tempo, acharam estadia na atinente propriedade. Os limites, no ardil da
ciência, incorrem em briosa alocução. Um impróprio comunitário, no meio colonial,
incide na briga e intriga entre moradores.
Melhor um vizinho achegado do que um irmão distante.
Guido Lang
“Fragmentos de
Sabedoria”
Crédito da imagem: http://g1.globo.com/