O fulano, de outra
cidade, liga ao telefone convencional do trabalho. Este, como colega, trata de alterar/mudar
o dom de voz! Queria, como de práxis, pregar mais umas das suas muitas peças!
A sicrana, como
colega e enviuvada, atente o chamado. Esta pergunta: “- Quem é?” O camarada
responde: “- Sou o tal do misterioso! Aquele que te faz feliz” (o sempre negado
namorado/"namorido").
A cidadã, no contexto
das conversas informais, nega de forma insistente e persistente a “existência
de algum cacho”. Os amigos e colegas, a um bom tempo, desconfiam da alegria e
disposição da sicrana!
Esta, na malandragem
de “atirar o verde para colher o maduro”, esquece-se da negação. Ela, de forma
repentina, rebate: “- A voz dele é bem mais fina!” A verdade tinha sido
desvendada! O momentâneo cochilo tinha revelado a realidade das convivências.
O difícil, aos muito próximos,
consiste em esconder certos fatos e realidades. Estes, nas entrelinhas das
altitudes e posturas, decifram o falso do verdadeiro. A curiosidade de uns, com
a vida alheia, pode chegar às raias do absurdo e ridículo.
Brincadeiras e implicâncias mostram-se uma sina comum em inúmeros
ambientes. Uma boa gargalhada e risada, a título de terapia a cada dia,
revela-se sinônimo de felicidade e saúde. As pessoas, no espaço das folgas e
intervalos das convivências, criam histórias para fazer História.
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem: http://auppg.wordpress.com