Uns moradores, de
descendência indo-europeia, tem uma admiração e consideração especial pelas plataneiras
(Platanus occidentalis). Estas,
trazidas da Eurásia e América do Norte, impõe um colorido e imponência colonial.
Destacam-se, em quaisquer cenários, pelas características das folhas lobadas
(largas e verdes). A espécie ornamental, em cada estação, impõem seu colorido especial.
Um conjunto de plantas forma um excepcional espetáculo. As árvores, de longa
distância, vêem-se vislumbradas. O plantio, em função da ornamentação,
revela-se um incentivo ao turismo rural (a semelhança da Rota Romântica/RS).
Um certo senhor, a
todas as famílias da localidade, doou mudas. Este, a título de lembrança e
enobrecimento do lugarejo, deu-se o trabalho de engrandecê-las. O objetivo
consistiu em proporcionar uma especial sombra (nos momentos da inclemência
solar). Os moradores, no cotidiano da vivência, relembrarem-se da sua cultura/origens.
O turismo rural, no interior da comuna, como referência a um visual diverso. O orgulho
de ser lembrado como bom vizinho na proporção de vislumbrarem a planta no
lugarejo...
O doador, ao longo
duma divisa (na estrada geral), transplantou duas dezenas da espécie. A finalidade
consistiu em ornamental o cenário colonial assim como, lá adiante, produzir toras.
A madeira, valiosa nas carpintarias e madeireiras, dá excepcionais móveis. Os
netos, como lembrança do antepassado, poderão ostentar matéria-prima. Esta possibilitará
confeccionar seus móveis (na proporção de casarem e edificarem suas casas). Uma
singela herança do avó: plantadas bem antes do seu nascimento.
O plantador, no
cotidiano da sua existência, usou a plataneira como referência. Estas,
continuamente vislumbradas pela propriedade (sobretudo no pátio), ofereciam a
noção da transitoriedade do tempo. As árvores, a qualquer época, revelavam o deslizar
das estações. A vida, neste transcorrer, ostenta sua efemeridade. O indivíduo,
neste fluir, tem a necessidade imprescindível de vivenciar dias mágicos. Procurar
concretizar objetivos e realizar sonhos! Conviver com as belezas de cada
instante, dia e estação.
A primavera, época do
desabrochar, representa o deslanchar das folhas (na proporção do aquecimento).
O começo da jornada do indivíduo rumo aos áureos dias. O verão, galhos repletos
de folhas, significa os ares esbeltos e frondosos. A pessoa tem seu maior vigor
e a necessidade de colocar em prática os sonhos. O outono, folhas avermelhadas
e perda progressiva das energias, prepara-se progressivamente para chegada do
rigor da existência. O camarada passa a colher os louros do trabalho e guarda
reservas aos dias difíceis. A necessidade de colocar em prática os últimos desejos
e sonhos. O inverno, troncos e ramos despidos, representa o compasso de espera
de dias melhores e o recomeço da jornada. O cidadão encaminha-se progressivamente
aos anos difíceis e ao retorno das origens. A necessidade de conviver com a
descendência e deixar os registros das memórias.
O tempo escorre entre as mãos e a vida revela-se muito
breve. A época, a cada tempo, com suas alegrias e belezas. Sejamos, como as
plataneiras, esbeltas e nobres em qualquer cenário e estação. O indivíduo,
nesta caminhada, nunca sabe que o aguarda na primeira esquina. A existência, portanto,
ostenta-se muito curta para o egoísmo e a ganância.
Guido Lang
“Singelas Histórias
do Cotidiano da Vida”
Crédito da imagem:http://www.vibeflog.com/picadaschneider/p/17190059