O singelo broto, nas
alturas do tronco, desenvolveu-se próximo as folhas e madeiras. O galho, no
contexto da vegetação, tornou-se exuberante e majestoso entre pares!
A predominância, na
luminosidade, externava beleza e poder. O sufocamento, nos irmãos, tornou-se triste
sina. Os reclamos e xingamentos fizeram escassos resultados!
O crescimento perpetuou
massiva concorrência. Jovens brotos, crescidos em galhos, incutiram abafamento
e suplantação. A carência de luz levou ao sufocamento de velhos!
A condição, nos dias
e meses, instituiu o perecimento. O vento, na rajada, despencou apodrecidos
materiais. A altura impulsionou velocidade. O estágio sinalizava eliminação!
A glória do passado perpassou
de doce ilusão. A natureza ocupou-se da reciclagem. A matéria, no rejuvenescimento
da seiva, reaproveitou as cinzas em novas vidas!
O idêntico aplica-se a
governantes e partidos. As partes, na perpetuação do mando, afundam na lama e podridão.
A mudança, no advento de gestores e ideias, incute novos ares!
O apegamento do poder,
no desgaste, define derrocada acentuada das alturas. A renovação e a transitoriedade,
no evitar de conflitos e revoluções, ostentam-se sabedoria!
O rodízio, nos cargos e postos, corrige distorções e
falhas. Os indivíduos, nas “facilidades e mimos dos mandatos”, adoram
eternizar-se no poder!
Guido Lang
“Crônicas das Colônias”
Crédito da imagem: http://www.freepik.com/free-photo/forest-sunrise--framing_598518.htm