O veranico achegou-se
a bater nas portas e rostos! Os dias e semanas, do aparente ano recém iniciado,
transcorrem apressados. O tempo, depois de certa idade, escorre a mil!
Os animais, no calor
de outono, estendem-se ao sol. As folhas, nos inúmeros vegetais, caiem de forma
adoidada. Algumas espécies, sobretudo aves, tomam o rumo norte (dos climas mais
amenos). Os prenúncios das chuvas, nos ares subtropicais, encontram-se no compasso
de espera (na proporção do avanço das frentes frias com a declinação solar).
Alguns humanos,
dentro das ocupações de rotina, antecipam-se nas necessidades e obrigações. Os plantadores
tratam de colher as últimas colheitas. Os anciões, com suas pretensões de fogo
no inverno, procuram recolher gravetos, lenhas e palhas. Os criadores preocupam-se
em limpar estrumeiras e instalações...
O frio aconchega-se
nos próximos dias ou horas! As reservas, como precaução, mostram-se armazenadas
e estocadas. As condições meteorológicas, na sequência de calor, chuva, frio e
umidade, necessitam de sabedoria para serem suavizadas. Os descuidosos e
relapsos apanham feio com as agruras do tempo!
Os espertos daí
carecem de correr nas chuvas, frios e serenos! Estes, no resguardo das
construções, tentam evitar gripes e resfriados! A esperteza das abelhas e
formigas, com suas reservas alimentares e moradias sólidas, servem de belas e
excepcionais lições de vida.
“O homem prevenido vale por dois!” O sábio antecipa
necessidades com razão de resguardar-se dos infortúnios e intempéries. O
aconchego, próximo ao calor do fogão, mostra-se uma benção e dádiva nos tempos
adversos e impróprios das chuvas e frios de inverno.
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem: https://psicenter.wordpress.com