O esporte amador, no
espaço dos anos de 1950 a 1990, ganhou expressão e paixão nas colônias. As
agremiações esportivas, nos organizados das variáveis linhas, compunham intercâmbio
das quadras e quadros. Os moradores, no alterado
público, aglomeravam-se nas cercanias das arenas de várzeas. O assinalado atleta,
no escasso tempo, exteriorizou comentários e simpatias. A galera, no reservado
do mulheril jovem, acorria no abano e alegria. O ardil, na vibração, incidia na
falta do uso de cueca. O largo calção, na intencional alevantada das pernas,
expunha de “forma saliente utensílio íntimo”. O público, no acobertado
artifício e palhaçada (no clima social conservador), torcia na disputa e
exposição da volúpia. Os comentos, na ousadia, “corriam falas e orelhas”. O atleta,
no “fecho do caixão”, avultou alusão e riso do transcorrido. As pessoas, no feitio
latino e variável, contraem auréola e registram história. Os procedimentos, no alegórico, declinam em gargalhadas e memórias.
Guido Lang
“Histórias
das Colônias”
Crédito da imagem: http://tudo-em-futebol.blogspot.com.br/